ABSTRACT The aim of the article is to investigate the historical formation of the method of film analysis in Jean-Claude Bernardet based on two fundamental books that make up a corpus written over 20 years: Brasil em tempo de cinema (1967) and Trajetória crítica (1978). Here we start from the hypothesis that the close reading of these books allows us to understand the formation of the critical method in Bernardet, which passes from the author analysis to the paradigm of conscientization until reaching the post-structuralist ambition of an examination of how class struggles operate in the form filmic. We will argue that this movement should not be seen as a mere escape forward, but as a reflexive overcoming. To understand it, we make use of some postulates of dialectics, such as those proposed by the materialist tradition. Thus, it was necessary to relate the internal analysis of the texts to the social totality, in which, by the way, we follow our author.
RESUMEN El objetivo del artículo es investigar la formación histórica del método de análisis fílmico en Jean-Claude Bernardet a partir de dos libros fundamentales que componen un corpus escrito a lo largo de 20 años: Brasil em tempo de cinema (1967) e Trayectória crítica (1978). Aquí partimos de la hipótesis de que una lectura atenta de estos libros permite comprender la formación del método crítico en Bernardet, que va desde el análisis autoral al paradigma de la conciencia hasta llegar a la ambición postestructuralista de un examen de cómo la luchas de clase operan en la misma forma fílmica. Argumentaremos que, este movimiento no debe ser visto como una mera huida hacia adelante, sino como una superación reflexiva. Para comprenderlo, nos valemos de algunos postulados de la dialéctica, tal como los propone la tradición materialista. Así, fue necesario relacionar el análisis interno de los textos con la totalidad social, en la que, dicho sea de paso, seguimos a nuestro autor.
RESUMO O objetivo do artigo é investigar a formação histórica do método de análise fílmica em Jean-Claude Bernardet a partir de dois livros fundamentais que perfazem um corpus escrito ao longo de 20 anos: Brasil em tempo de cinema (1967) e Trajetória crítica (1978). Aqui partimos da hipótese de que a leitura cerrada desses livros permite compreender a formação do método crítico em Bernardet, que passa da análise de autor ao paradigma da conscientização até alcançar a ambição pós-estruturalista de um exame de como as lutas de classes operam na própria forma fílmica. Argumentaremos que esse movimento não deve ser visto como mera fuga para frente, mas sim como superação reflexiva. Para compreendê-lo nos valemos de alguns postulados da dialética, tais como propostos pela tradição materialista. Assim, foi preciso relacionar a análise interna dos textos à totalidade social, no que, aliás, seguimos nosso autor.